Ligeiramente Grávida! E agora?
O que fazer quando a gravidez não foi planejada
Nem mesmo a camisinha oferece proteção infalível: em um ano, para cada 100 casais que utilizam a camisinha como único método contraceptivo, 10 a 14 serão surpreendidos por uma gravidez inesperada
Anualmente, muitos jovens casais (alguns nem tão jovens assim) são “surpreendidos” com a notícia de que irão ser papais, mesmo sem ter planejado isso e até com uma certa – e, como notaram, ineficiente – prevenção. Boa parte deses casais sequer são casados, vivem juntos ou dispõem de uma estrutura mínima para receber um novo “serzinho vivo” no mundo. Mas essa notícia nem deveria ser tão “assustadora” assim, pelo menos se olharmos para os números do Brasil.
Conforme dados da ONU, todos os anos nascem cerca de 16 crianças para cada grupo de 1.000 brasileiros. Ou seja, um novo bebê a cada 12 segundos. Parece muito mas, na verdade, estamos abaixo da média mundial, que é de 20 nascimentos por 1.000 habitantes/ano. Além disso, nossos índices estão diminuindo: segundo o IBGE, nossa taxa de fecundidade caiu mais de 20% na última década!
Mas se, nem em nome do crescimento do país, foi possível comemorar a gravidez, pelo menos é preciso entender que o controle da natalidade não é uma “ciência exata”. Quando não se pretende engravidar, os cuidados devem ser (quase) tão rígidos quanto os de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Somente a camisinha, por exemplo, não é suficiente. Cerca de 10 a 14% dos casais que usam somente a camisa-de-vênus como forma de prevenção terminam “ligeiramente grávidos”.
Ok, mas estou grávida! O que eu faço?
Primeiro de tudo, procure um médico para fazer os exames de praxe e saber como está sua saúde e a do bebê. Você vai precisar do acompanhamento desse profissional durante toda a jornada rumo à maternidade. Principalmente porque seu corpo passará por várias mudanças. O crescimento do útero irá pressionar o estômago, causando refluxo, azia e os famosos enjoos, sua respiração e coração terão cerca de 40% de aumento na frequência, poderá ter mais sonolência, distúrbios de humor, alterações no paladar, audição e tato, etc. Confira algumas dicas para encarar essa nova etapa da vida:
- Fazer exercícios leves e alongamentos ajudará a controlar o aumento natural de peso e reduzir as dores. Compressas quentes e massagens também ajudam às regiões doloridas e travesseiros extras lhe permitirão acomodar a barriga e encontrar uma posição mais confortável para dormir.
- Descanse bastante e durma o quanto puder durante a gravidez para se preparar. Quando o bebê nascer, dormir o necessário, e na hora desejada, deve se tornar um privilégio raro.
- Mudanças de humor repentinas são normais, principalmente nas primeiras 12 semanas da gravidez. Se isso começar a afetar sua rotina ou relacionamentos pessoais e profissionais, converse com seu médico sobre a necessidade de acompanhamento psicológico.
- O enjoo costuma aparecer entre a 6ª e a 13ª semana de gravidez. Para minimizá-lo, diminua o tamanho e aumente a frequência das suas refeições. Evite comidas pesadas e muito gordurosas. Um nutricionista poderá lhe ajudar com a dieta ideal. Dica: o gengibre é ótimo contra as náuseas.
- O excesso de gases pode ser evitado mastigando as refeições mais devagar e evitando alimentos como feijões, brócolis, couve-flor, outros vegetais folhosos e bebidas gaseificadas, como refrigerantes e espumantes.
- Para finalizar, tente não ficar tão angustiada com a ideia de ter um filho. A geração de uma nova vida deve ser motivo de alegria e comemoração. Além disso, o bebê precisará de você, desde já, para chegar ao mundo saudável e feliz. Procure o apoio possível, seja de seu companheiro, da família ou mesmo dos serviços de saúde para enfrentar o grande e maravilhoso desafio de ser mãe.