Vacine-se Contra a Rubéola
Sete dúvidas sobre a rubéola e a SRC
A Rubeola é uma doença contagiosa causada por um vírus, normalmente benígna, exceto quando atinge uma mulher grávida, podendo provocar aborto ou defeitos congênitos no bebê.
A rubéola é uma doença contagiosa, geralmente benigna, mas que, em mulheres grávidas, pode causar abortamentos ou malformações nos bebês. Por ser muito parecida com outras doenças comuns, como a gripe, pode passar despercebida. Por isso é importante se prevenir contra a doença através da vacina. Confira abaixo as sete dúvidas principais sobre a rubéola:
1. O que é a rubéola?
A rubéola é uma doença contagiosa, causada pelo vírus Togavírus. A transmissão acontece de pessoa para pessoa por via respiratória. O indivíduo doente lança no ar, através de tosse e espirros, o vírus que se encontra nas secreções da garganta e nariz. A pessoa infectada poderá apresentar sintomas da doença após um período de incubação que dura aproximadamente 15 dias.
2. Quais os sintomas da rubéola?
Os sintomas da rubéola costumam ser manchas vermelhas no rosto, couro cabeludo e pescoço, que se espalham pelo corpo e coçam; gânglios doloridos atrás das orelhas; dores nas juntas, coriza, tosse e um pouco de catarro. Alguns sintomas, como dor de cabeça, dores generalizadas e conjuntivite, também podem estar presentes. Estes sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como gripe, sarampo, escarlatina e dengue. O diagnóstico definitivo da rubéola é feito através de exame de sangue. Até metade dos casos de rubéola são assintomáticos, mas podem contagiar outras pessoas.
3. Como prevenir a rubéola?
A prevenção da rubéola é feita com vacinação. A vacina tem o vírus vivo enfraquecido. Ela faz o organismo produzir anticorpos. No calendário de vacinação, a vacina é aplicada aos 15 meses (junto com as vacinas contra o sarampo e a caxumba). Para conseguir a erradicação da rubéola e da SRC também são feitas campanhas de vacinação anuais.
4. Estão ocorrendo casos de rubéola no Brasil?
Graças às campanhas de vacinação, não há circulação do vírus da rubéola no Brasil desde 2008. O sistema de vigilância da doença detectou inúmeros surtos de rubéola no ano 2000. No país, a redução na incidência da rubéola em mulheres foi resultado das ações de prevenção realizadas a partir de 2001, usando a vacina dupla viral (DV). Infelizmente, tais medidas não conseguiram interromper a circulação do vírus, tendo-se registro de surto de 2006 a 2007. Foram mais de 8.564 casos, sendo que 161 foram em mulheres grávidas, resultando em 17 casos da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). A maior proporção da doença ocorreu nas pessoas com idades entre 20 a 29 anos.
5. Todas as pessoas vacinadas estão protegidas?
A vacina contra a rubéola tem 95% de eficácia quando aplicada após o primeiro ano de vida. Antes de engravidar, a mulher precisa saber se está ou não imunizada através da vacina ou por imunização natural (ter contraído a doença anteriormente ). A vacina só pode ser tomada até, pelo menos, um mês antes de a mulher engravidar.
6. A rubéola é uma doença grave?
Normalmente a rubéola é benigna. Todavia, a rubéola na mulher grávida é uma doença grave porque pode causar abortamento espontâneo, natimortos (feto que morre no útero ou durante o parto) e malformações múltiplas, como problemas cardíacos, cegueira, surdez, deficiência intelectual, etc. Estas anomalias no recém nascido caracterizam a SRC.
7. A mulher grávida pode se vacinar contra a rubéola?
Não se recomenda a vacinação contra a rubéola durante a gravidez. Logo após o parto ou aborto , a mulher deverá procurar a unidade de saúde para ser vacinada. Estudos realizados até o momento com mulheres grávidas, vacinadas inadvertidamente contra a rubéola, não registraram a ocorrência de SRC em nenhum dos recém-nascidos. Mas, por precaução, as mulheres vacinadas deverão evitar a gravidez por, pelo menos, um mês depois da vacinação. As gestantes que, inadvertidamente, forem vacinadas devem buscar orientação médica.