Ikebana – Noções Práticas
Conheça algumas técnicas aplicadas na Ikebana
Já vimos que Ikebana é a arte japonesa de arranjar flores, folhas e ramos naturais numa composição que lhes evidencia a beleza. Nessa segunda matéria veremos algumas noções práticas de Ikebana.
Na primeira matéria dessa série, vimos o que é a Ikebana, sua origem e história. Agora a equipe Guia de Casamento, revela um pouco mais sobre a arte japonesa de arranjar flores e ramos naturais.
Os Estilos
Eis alguns estilos de Ikebana que foram se desenvolvendo ao longo da história dessa arte tradicional. Cada estilo costuma utilizar plantas, acessórios e formatos de vasos próprios, em arranjos que variam dos mais simples e livres aos mais tradicionais e elaboradas.
RikkaEstilo estabelecido no período Muromachi da história do Japão (século 15), é considerado o mais tradicional, base para todos os outros estilos de Ikebana, como Shoka, Moribana e Nageire. Divide-se em dois estilos: Rikka Shofutai (mais formal e rígido) e Rikka Shimputai (mais moderno e livre). Para se fazer as sete ou nove partes básicas do Rikka, diversos materiais contrastantes se complementam, arranjados num único vaso, exprimindo a beleza de uma paisagem natural. |
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ShokaApesar da aparência simples, fala-se que esse é o estilo mais difícil de Ikebana. Os três galhos principais do shoka: Shin (céu), Soe (homem) e Tai (terra) formam uma unidade que expressa a perpétua mudança na renovação da vida. Nele apresentamos a nossa impressão sobre a essência de uma planta, de maneira simples e bela. Divide-se em Shoka Shofutai (mais tradicional, de regras mais rígidas) e Shoka Shimputai (mais atual e aberto a inovações). |
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MoribanaO estilo Moribana divide a ênfase na beleza natural e nas características das plantas com os estilos mais tradicionais Rikka e Shoka. Contudo, os Moribana, são arranjos muito mais livres. É o mais simples de todos os estilos, portanto, mais adequado para principiantes. Utiliza as três hastes básicas (Shin, Soe e Tai) e uma adicional, chamada Ashirai. |
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NageireTambém são arranjos simples, menos rígidos, que utilizam as três hastes básicas do Ikebana tradicional, porém sem o auxílio do Kenzan (haste de metal para apoio dos galhos). Os arranjos costumam ser montados em um vaso cilíndrico alto e de boca estreita. |
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Estilo LivreO estilo livre é o mais recente que surgiu da longa tradição da Escola Ikenobo*. Com expressão mais pessoal, combina com os ambientes e gostos contemporâneos. O estilo livre é muitas vezes dividido genericamente em estilo naturalista e estilo abstrato. |
Quanto ao Material Utilizado
Para se criar arranjos de Ikebana, é preciso levar em conta o simbolismo que se quer transmitir, a estação do ano, além do estilo que se vai seguir. Por exemplo:
O passado: flores integralmente desabrochadas, vagens ou folhas secas.
O presente: folhas perfeitas ou flores semidesabrochadas.
O futuro: botões, que sugerem o crescimento futuro.
Primavera: arranjo vital, com curvas vigorosas.
Verão: arranjo em expansão e completo.
Outono: arranjo esparso e delgado.
Inverno: arranjo dormente e meio melancólico.
Se você noiva ficou interessada em arranjos de Ikebana, para sua casa, local de trabalho ou para a decoração de seu casamento, consulte fornecedores de flores e arranjos no nosso Guia de Serviços, seção de Decoração.
Serviço: Cursos de Ikebana
Veja aqui alguns locais que costumam ministrar cursos de Ikebana
Aliança Cultural Brasil – Japão
São Paulo – SP
http://www.acbj.com.br
Fundação Mokiti Okada – M.O.A.
São Paulo – SP
http://www.fmo.org.br
Escola Ikenobo
Kyoto – Japão
A história da escola japonesa Ikenobo se confunde com a própria história da Ikebana. Fundada a mais de 500 anos, a escola trabalha até hoje com a divulgação da filosofica, da história e dos estilos de Ikebana.
http://www.ikenobo.jp