Influência das Mulheres no Mercado Imobiliário
Influência das mulheres no consumo de apartamentos cria a necessidade de atendimento especial.
Representando 50% da População Economicamente Ativa, as mulheres compram ou influenciam a compra da maioria dos bens de consumo. A chamada “Mulherização” chegou também ao mercado imobiliário.
São Paulo, março de 2007 – As mulheres representam quase 50% da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil. Com dinheiro em mãos, compram ou influenciam a compra da maioria dos bens de consumo, fenômeno que o presidente da HSM*, Carlos Alberto Júlio, batizou de “mulherização”.
A mulherização também está cada vez mais presente no mercado imobiliário. Só na Tecnisa, uma das maiores construtoras de São Paulo, 35% dos apartamentos vendidos em 2006 foram escriturados por mulheres.
De olho nesse potencial, a construtora vem desenvolvendo ações e campanhas direcionadas exclusivamente para o público feminino. A empresa, inclusive, repensou seu modelo de atendimento e de pós-venda. “Cada tipo de consumidor tem a sua ‘porta de entrada’ e quer um produto específico. As mulheres são mais exigentes e optam por apartamentos com toques exclusivos”, explica Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa.
Ações direcionadas
Uma das ações para mulheres é o envio de diversos mimos. Cerca de 20% dos presentes encaminhados no pós-vendas são colocados em caixas. A explicação é simples: “as mulheres adoram caixas porque atrás de uma caixa sempre tem uma grande surpresa”, diz o executivo.
Campanhas e ações direcionadas para elas também são desenvolvidas pela construtora. No site há sugestão de que a cliente indique uma amiga. Já as cartas começam com prezada e não prezado – o ‘o’, nesse caso, é que é colocado em parênteses.
Outros detalhes podem ser percebidos nos imóveis para visitação: nos banheiros, há absorventes e ganchos para bolsas; também existem microcápsulas que exalam aromas de frutas cítricas no quarto do casal, de tutti-frutti no quarto de crianças e de bolo na cozinha, todas as idéias elaboradas sob o conceito da mulherização.
Elas pagam em dia
Segundo dados da Tecnisa, além do potencial de compra, as mulheres costumam pagar em dia. “A inadimplência é mais presente nos homens”, observa Busarello. Pensando nisso, a companhia está estudando adotar uma taxa de risco menor para mulheres.
Em 2006, 20% das vendas da empresa foram por indicação. Dessas, quase 70% são indicações realizadas por mulheres. Na visão de Busarello, elas reconhecem as empresas que as tratam com mais atenção e, por isso, são mais fiéis às marcas.
Fonte: Tecnisa
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* HSM do Brasil – multinacional voltada para a capacitação de executivos (n.e.).