A Origem do Amor
Será que é possível saber de onde vem o amor?
Se é tão difícil definir o amor, será que é possível saber a origem desse sentimento tão surpreendente que consegue distinguir os humanos dos outros seres? Será o amor físico, químico, divino?
De repente, o amor nos invade. Chega assim, sem avisar e muda tudo. Muitos o esperaram a vida toda, outros o encontraram repetidas vezes durante sua existência. Mas, de onde vem esse sentimento tão poderoso? Qual é a origem do amor, esse “fogo que arde sem se ver”, esse “não querer mais que bem querer”, capaz de nos fazer subir ao altar e encarar o desafio de um casamento?
Mais do que a paixão, o amor é um vínculo emocional, espiritual e até físico com outra pessoa. Muitos tentam explicá-lo: a ciência, a psicologia, a filosofia, a poesia, a música, as religiões… Muito além da racionalidade, é o amor que nos torna humanos. Existe até uma certa “Teoria Triangular do Amor”, em que o sentimento, em sua forma mais completa, seria o resultado da soma de intimidade, paixão e compromisso (será?).
Mas o amor é tão difícil de definir que alguns idiomas utilizam mais de uma palavra para se referir a ele, como o grego antigo, que utilizava termos como philia, eros, ágape e storge para separar o “amor da alma”, o “amor do corpo”, “o amor da mente” e o amor entre pais e filhos. Mas, com o tempo, até esses termos foram se confundindo. Se é tão difícil defini-lo, como será possível descobrir sua origem?
Origem divina?
Em vez de meras reações bioquímicas, as pessoas preferem aceitar o amor como algo intangível, de origem espiritual, divina. A própria Bíblia, livro sagrado dos cristãos, traz várias referências sobre o sentimento. A mais famosa está na primeira carta de Paulo aos irmãos da igreja de Corinto. O capítulo 13 traz um verdadeiro “poema sagrado” sobre as qualidade do verdadeiro amor: sofredor, benigno; que não é invejoso, não trata com leviandade e não se ensoberbece.
Tempestade hormonal, instinto gregário ou dom de Deus, o fato é que o amor vem de dentro. A verdadeira origem do amor é o coração, não esse órgão físico, pulsante, mas o centro dos sentimentos humanos. E esse sentimento precisa ser cultivado dia a dia, cuidado, alimentado e praticado. Muitos esperam que ele venha de fora, mas esquecem de, antes, produzi-lo internamente. Porque o amor, acima de tudo é reflexivo. É preciso amar-se primeiro para, depois, amar e, finalmente, ser amado.