A História do Convite de Casamento – Parte 1
Da Idade Média à Idade Moderna
Os atuais convites de casamento impressos surgiram na Europa, durante a Idade Média. Inicialmente eram feitos à mão por monges. Depois vieram as técnicas gráficas. Conheça essa história
Como vimos no Dicionário do Guia, o convite de casamento é, basicamente, uma correspondência dos noivos pedindo ao destinatário que copareça ao evento. É geralmente escrito em linguagem formal, em terceira pessoa, e enviado cerca de dois meses antes da data da cerimônia. Normalmente, são os pais dos noivos que convidam para o enlace dos filhos, mas isso não é obrigatório. Os próprios noivos também podem convidar. Já conhecemos aqui no Guia vários tipos, agora vamos descobrir um pouco da hitória dos convites.
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Europa: Até A Idade Média
Antes da invenção da imprensa com tipos móveis, por Gutenberg (1447) os casamentos na Inglaterra eram tipicamente anunciados por meio do Pregoeiro: um homem que andava pelas ruas anunciando em voz alta as notícias do dia e comunicados oficiais. A princípio, qualquer um que estivesse ao alcance da voz do pregoeiro poderia fazer parte da celebração!
Durante a Idade Média – época em que o analfabetismo era generalizado – a prática de enviar convites de casamento escritos surgiu entre a nobreza. As famílias ricas contratavam monges, hábeis na arte da caligrafia, para confeccionar seus comunicados. Esses documentos muitas vezes levavam o brasão das armas ou o timbre pessoal do remetente e eram selados com cera para garantir sua autenticidade e inviolabilidade.
A Partir de 1600
Apesar do surgimento da imprensa, as técnicas simples de impressão da época, em que a tinta era simplesmente “carimbada” no papel usando tipos de chumbo, produziam resultados considerados muito pobres para os convites de alta classe. No entanto, a tradição de anunciar casamentos no jornal se estabeleceu neste período.
Em 1642, a invenção da gravura em chapa de metal (ou mezzotint), por Ludwig von Siegen, colocou convites de casamento de maior qualidade ao alcance da classe média emergente. A gravura exigia que um artesão marcasse o texto invertido, à mão, em uma placa de metal, usando uma ferramenta de escultura. A placa era então usada para imprimir o convite.
Os convites gravados eram protegidos de manchas por uma folha de papel de seda colocado em cima, uma tradição que permanece até hoje. Na época, a confecção de convites de casamento era mais elaborada – e trabalhosa – que hoje. Normalmente, o nome de cada convidado era impresso individualmente no convite.
Apesar das dificuldades, mais e mais casais adotavam a prática de enviar convites impressos personalizados, de forma a controlar melhor a quantidade e a origem dos convidados do casamento, tornando o evento cada vez mais privativo e familiar. Na segunda parte da matéria sobre a história do convite de casamento, falaremos das influências da Revolução Industrial no setor gráfico e da tradição dos convites nos dias atuais. Clique aqui para acessar.
* Com informações da Wikipedia